domingo, 11 de novembro de 2007

Renda do brasileiro cresce 7,2%, diz IBGE

Publicado em: 17/9/2007

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, divulgada na sexta-feira, dia 14, pelo IBGE, comprovou aumento na renda do brasileiro. De 2005 para 2006, chegou a 7,2%, representando uma renda média de R$ 883,00 por mês. Foi o maior crescimento desde 1995. Um dos fatores determinantes para esse crescimento foi o ganho real do salário mínimo, de 13,3% em 2006, frente a 2005. No Rio Grande do Sul, a média mensal chegou a R$ 946,00 em 2006. Em 2005, era de R$ 895,00.

Os homens continuam dominando o mercado de trabalho. A taxa de atividade - relação entre as pessoas economicamente ativas e as que estão ocupadas - chega a 72,9% entre os homens e fica em 52,6% entre as mulheres. O RS acompanha a tendência brasileira, com uma taxa de atividade de 75,3% entre os homens e de 58,6% entre as mulheres.

Segundo o supervisor estadual da pesquisa, Riovaldo Alves de Mesquita, também chama a atenção o fato de, no RS, 13,3% das pessoas com faixa etária entre 10 e 14 anos estarem ocupadas, o que é considerado trabalho infantil.

"No Rio Grande do Sul, o trabalho infantil está mais concentrado na área rural e tem a ver com a estrutura de ocupação do Estado. É uma questão cultural e não quer dizer que a criança não esteja estudando ou que trabalhe o dia inteiro", esclareceu.

Além disso, no RS, como se repete na maioria dos outros estados, a taxa de atividade de 15 a 17 anos e 60 anos ou mais é menor do que em outras faixas etárias. Tanto homens quanto mulheres têm maior taxa de atividade de 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos.

O estudo aponta que o desemprego no Brasil é maior entre mulheres em qualquer faixa etária analisada. Elas são maioria na população desocupada (57%). A sua inserção no mercado tem sido cada vez mais expressiva. Em 2006, elas somavam 42,6 milhões, com a participação crescendo de 43,5% em 2005 para 43,7% em 2006. Na região Sul, a participação subiu de 44,6% para 45% em 2006.

Há um alto índice da força de trabalho do país na informalidade. No RS, o índice de não-contribuintes da Previdência é menor entre os homens, 45,6% contra 49%. No Brasil, as mulheres somam 52,3%. Além disso, 41,3 milhões de trabalhadores contribuíram para a Previdência no país, ou seja, mais da metade da população ocupada não está sob as garantias previdenciárias.

Outro dado significativo da pesquisa é que a participação da atividade agrícola na população ocupada caiu significativamente em todas as regiões. No Sul, o percentual caiu de 22,1% em 2005 para 21,2%.